Estudo Bíblico do Salmo 22
O Salmo 22 é um dos mais profundos e significativos salmos messiânicos. Um estudo bíblico do Salmo 22 revela como o salmista, inspirado pelo Espírito Santo, descreveu com detalhes impressionantes o sofrimento do Messias.


Este salmo é uma profecia que aponta para a crucificação de Jesus Cristo, destacando tanto Sua agonia quanto Sua vitória final.
Na verdade, o Salmo 22 inicia com um lamento profundo, mas culmina em um hino de louvor e esperança, mostrando a jornada do sofrimento à exaltação do Messias. Por isto, muitas pessoas se referem a ele como “O Salmo da Cruz”.
Embora alguns estudiosos debatam sobre a ocasião específica em que Davi escreveu o Salmo 22, é amplamente aceito que ele é o autor inspirado por Deus para registrar essas verdades proféticas. Nenhum incidente na vida de Davi se ajusta perfeitamente à descrição deste salmo, indicando que ele transcende a experiência pessoal do salmista e encontra seu cumprimento perfeito na pessoa de Jesus Cristo. Isso é confirmado pelas frequentes citações deste salmo no Novo Testamento (Mateus 27:46; Hebreus 2:12).
O esboço do Salmo 22 pode ser dividido em duas partes principais que refletem a transição do sofrimento à glória. A primeira parte deste salmo destaca o sofrimento do Justo (Salmo 22:1-21). Essa primeira parte pode ser organizada em duas subdivisões:
Clamor de abandono e escárnio dos inimigos (Salmo 22:1-8).
Angústia e pedido por libertação (Salmo 22:9-21).
A segunda parte deste salmo destaca a vitória e o louvor do Justo (Salmo 22:22-31). Essa segunda parte também pode ser organizada em duas subdivisões:
Declaração de louvor a Deus e convite à adoração (Salmo 22:22-26).
Proclamação da soberania divina às nações (Salmo 22:27-31).
Aplicações do estudo do Salmo 22
O estudo do Salmo 22 nos oferece diversas lições importantes:
A profecia cumprida em Cristo: O salmo demonstra a precisão das profecias messiânicas, confirmando que Jesus é o cumprimento das Escrituras. Isso fortalece nossa fé na veracidade e confiabilidade da Palavra de Deus (Lucas 24:44).
O sofrimento redentor de Jesus: Ao meditar no sofrimento descrito, compreendemos a profundidade do sacrifício de Cristo por nós. Ele suportou a cruz, desprezando a vergonha, para nos reconciliar com Deus (Hebreus 12:2). Sua experiência de abandono e dor nos mostra o alto preço pago pela nossa salvação.
A fidelidade de Deus em meio à aflição: Mesmo quando sentimos que Deus está distante, podemos confiar que Ele está presente e agindo em nosso favor. O silêncio de Deus não significa ausência, mas pode fazer parte de Seu propósito maior, assim como foi no caso de Jesus e de Jó.
A abrangência da salvação: O plano de redenção de Deus alcança todas as nações e povos, sem distinção. Somos chamados a proclamar o Evangelho a todos, participando da missão de levar a mensagem de salvação ao mundo (Mateus 28:19-20).
A transição do sofrimento ao louvor: O Salmo 22 nos encoraja a, mesmo em meio às tribulações, manter a esperança e direcionar nosso coração ao louvor. A certeza da vitória em Deus nos permite transformar lamentos em adoração, reconhecendo que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8:28).